quinta-feira, 15 de julho de 2010

Energia

“Vamos acreditar na energia. Numa nova forma de partilhar vivências e conhecimento, como num inconsciente coletivo permeado de realidade.
Dar as mãos, nesse caso, assume um novo sentido, que não apenas o toque. Passa a ser um meio, pelo qual, novas perspectivas de entender o mundo fluem.
Tal energia - alheia a opção sexual, cor, credo, visão política ou coisa que o valha- é o que nos resta da essência humana, e nos faz caminhar a passos firmes rumo a uma nova forma de vivência, baseada em relações mais amistosas e menos mercantilistas.
Emanar essa energia é deixar um pedaço de si e levar um pedaço do outro, na tentativa de estabelecer um novo tipo de vínculo”.


( texto escrito durante um exercício no curso de redação publicitária,no qual teríamos que dar as mãos a pessoa ao lado e escrever sobre essa sensação, sem interrupções)


quinta-feira, 1 de julho de 2010

Pra onde você foi passarinho que já não cantas em minha tarde?
Já não invade, deixando e levando coisas boas.
Já não me conta o que passou, nem o que virá.

Pra onde passarinho?
Não gostaste do ninho que eu te fiz?
Partiu ligeiro, o vento soprou, o tempo passou.

Pra onde?
A tarde voltou, meu tempo é aqui.
Ainda sou o mesmo e espero te ouvir.

Pra onde?
Dê-me uma pista, ou diga pra que eu desista.
Se insisto, ou deixo pra trás.
Se não queres que esses olhos te vejam,
Não se enfeita pro meu carnaval.

Pra onde?
Se partiu de vez, que assim seja.
Não queira adoçar minha boca com algumas gotas.
Se tiver de vir, que venha enxurrada.
Não me mate de agonia.
Não penses que sou gaiola.
Te quero livre passarinho, desde que esteja no meu ninho.
Pra onde?
Quero te ouvir passarinho.
Cante.
Esse é seu dom, e está vazio.