terça-feira, 12 de abril de 2011

Quase

Eu ando meio assim.
Não que eu esteja pela metade.
É porque sou meio,
mas também sou mensagem.

No meu ego está escrito:
- Quero tudo, pois tudo posso.
Tudo passa.
Fico meio em dúvida.
É porque sou novo na Bossa.

Esse meio termo deve estar fora de moda.
Preciso de um novo.
Meio escritor. Meio amargo.
Com exceção.
Meu amor, meio amado.

Devo estar certo em partes.
Tudo é relativo, direi.
Tudo é permitido.
Não sei.
Lá fora é abril,
E eu tenho quase vinte e seis.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Fibra Óptica

Existem coisas que têm o poder de me fazer maior.
Mas você não é uma coisa, é uma pessoa.
Não!
Devo confessar que você é uma coisa, uma coisinha...
Que dá vontade de morder.
Mas aquela mordida, sabe?

Já te falei de percorrer, descobrir, desbravar?
Então, você me faz maior.
Sei teu signo, tua cor, teu nome.
Minha boca conhece teu caminho.

Eu sabia, sabia que te conhecia de algum lugar.
Essa impressão não me larga.
Sua expressão, as linhas do teu rosto soam tão íntimas.
Sou um tanto de você e você um tanto de mim.
E eu sinto saudade do que ainda nem vivi.

Está escuro?
Então segura, segura a maçã.
Você consegue.
Mas, caso ela caia e então meu corpo pese sobre o seu, concluiremos juntos: eis que a gravidade existe!
Eis que nós existimos!

Tens razão.
Somos tudo isso, tudo disso.
Humanos, ébrios e loucos.
Arianos soltos.

Por isso vamos, a partir de agora, compartilhar dias sem aviso prévio.
O querer não precisa de precaução.
É que eu sou tão pra você, quanto você é pra mim.
Em demasia e sem ressalvas.