quinta-feira, 31 de março de 2011

Eu entendo tudo de quase nada.
Isso é foco, alimenta o fogo do que realmente importa.
Pois há coisas para serem entendidas, outras apenas vividas, outras, por sua vez, simplesmente não te pertencem.

Não me ocupo em interpretar tudo, o tempo já se encarrega disso.
Não acredito em karma, nem em nada pré-determinado.
Eu assisto o mundo mudar e sou novidade a cada ciclo.
Vivo mais próximo do pouco que me sustenta.
E isso é muito!

Dedico-me mais cativando pessoas do que acumulando bens.
Pra mim, amar é urgência, ser feliz, emergência.
Fiz do meu peito um pronto socorro,
Onde as coisas se renovam e vão além.

Estou satisfeito.
Realmente espero que eu esteja insatisfeito.
Pra manter aceso o pavio do que me movimenta.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Pá, palavra.

Sou um homem de palavra.


E mais ainda, sou um homem de palavras.


Escolhi o caminho das letras porque não suporto o silêncio.


E por ser assim, em certo ponto, torno-me insuportável.


Mas, não deixo de falar e digo sempre:


Pra mim, quem cala não sente.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Próximo...!

Viver é melhor.
Já não se pode voltar.
Não, nunca me peça para parar.
Como vou saber do que já esqueci?
Minha vida não é museu, aqui não se revisita o passado.
O passado está guardado no presente e em tudo que sou.
Nem me peça o que nunca me deram.
Cansei da hora certa.
De preto no branco.
Deixe as cores de lado.
Deixe as dores.
Agora com licença.
Tenho um encontro marcado.
Preciso ir, não posso chegar atrasado.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Um dia pra poesia

Tantos versos joguei fora, se soubesse que virias jogaria em cima de ti minha poesia. Viveria derramando palavras, descobrindo casas e ruas nas tuas vestes. Vieste, agora eu fui. Estou entregue. 
Pobre de mim, um poeta desperdiçado. De palavras fugidias. 
Se soubesse que virias preparava minha prece, e qualquer querer tivesse, em qualquer de mim ficasse.