sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Partida

As coisas em silêncio não deveriam mesmo me dizer nada.
Também, pra mim tanto faz.
Se é céu ou estrada, se é seu ou roubara.
Se for assim, favor não devolva.
Não servirá pra mim, e a ti fará toda falta.
O que me dizes, eu escuto.
E são letras de velhos sambas,
Sobre casas beirando encostas,
E amores.
Que foram e não estão mais, que são e não sabem nada,
Que serão, no fim daquela curva, um começo de estrada.
E a caminho de Barça, já me perdi.
Pra depois encontrar-me, desatado de qualquer nó, arriscando navegar-me.
Ave Maria, marinheiro avante!
E me verás, de fome saciada.
A boca, ainda melada, baba coisas do tempo.
E o meu sorriso faz contrassenso com qualquer coisa que pese ou espere demais,
Ou de mim.



Um comentário:

Unknown disse...
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