terça-feira, 6 de março de 2012

Matemática para mim



A razão desconexa que faz existir a vida,
A vida enquanto equação que não fecha.
Qual é a razão matemática de ser?
Sobretudo, de ser eu, assim, elevado a qualquer potência.
Eu sou o que vi e o que vi sou eu.
Essa é a minha propriedade comutativa.
A estrada que faço e a estrada que me fez.
Eu mais eu, sou igual ao mundo.
Mas o mundo sem eu continua mundo, menos um.
Dizima periódica do existir.
Amor é infinito.
Coração número primo.
Só divido comigo e por uma.
O resultado de tudo isso, me contém ou está contido?
É igual ou diferente de tudo que fiz até aqui?
Qual é a fração da vida que me cabe?
Puta que pariu, só agora que percebi!
Não sei fazer conta.
Só sei sentir.



4 comentários:

Marlua disse...

Não é ruim isso... Saber sentir é mais válido, nos coloca à frente de quem contabiliza os sentidos... Matemática somente se for para somar afetos e subtrair dores, dividindo os bem quereres e multiplicando essa sua filosofia!!! Lindo texto.. ops... lindo 'sentidos'.

Marco Antonio disse...

lindo demais garoto. cultivando o silêncio interior pra se descobrir hein? me diz...fez este poema tb debruçado numa janela? compartilho de uma ciência contigo: sou péssimo em matemática tb! prefiro as estrelas. bjo no coração meu irmaum!

Lua Durand disse...

Só sei sentir.
Sinto tanto, e só, e ponto.
Sinto tudo, sinto muito.
Sinto o mundo, dentro e fora de mim.

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Sobre Sentir:
http://cafenaporta.blogspot.com.br/2009/12/sobre-sentir_22.html

Tratado Infantil Sobre a Grandeza do Sentir:
http://cafenaporta.blogspot.com.br/2011/01/tratado-infantil-sobre-grandeza-do.html

Lais Machado Rocha disse...

Olá Kaike,

Seu comentário foi uma boa e curiosa surpresa.

Mal sabe, que aplaudiu um texto do qual participou. "O que é matemática pra você" me inspirou a descrever-me com a gramática. Ainda em tempo de eu agradecer? (ou desculpar-me!)

Obrigada pela força e pela poesia.
Visitar o Conta Tu foi algo que eu não deixei de fazer.