terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Simpatia




A onda passou e todo o resto derramou-se.
E toda planta esparramou-se nas minhas paredes.
O verso triste do meu poema escorreu nos sulcos da minha cara.
Bonito e histérico, grito.
Amor, vem comigo!
Lúcido, calmo e sucinto.

Teu olho me olha no instante oposto, simétrico.
Na minha vertigem.
Côncavo e convexo.
Pensamento certo.
Progresso para os nossos.
Desistir é para os fracos.
Pelo amor, pela evolução, faço votos.

Tô de volta à velha escola,
A boa esquina da prosa.
À tôa.
Feito menino desgarrado da mão, da mãe.

Vida, dádiva sorvida entre um trago e um gesto.
Mão nos cabelos, cabeço do mundo, coração no compasso.
É de verso e sangue a minha loucura.


Na espuma do tempo o vento escorrega.
Cabe tudo, só não o lamento.
Saudade é rua cheia, carnaval na varanda de casa.
Passa:
 avenida, pés descalços, calçadas.
Pá virada.
Encheu, derramou.
Lavada a alma, agora me vou.



Um comentário:

Marco Antonio disse...

isso tudo é tinta!!! q seja azul, pois, esta espuma toda.