quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Vir.

Estamos mais próximos de um fim, do que de um recomeço.
Muito aquém do que mereço e além do que posso dar.
Desconheço caminho novo ou luz desvendada.

Éramos muito, erramos demais.
E somos.
Mais do mesmo.
E mesmo sendo nós de novo.
O querer já está confuso.

É tanto mundo que aflora.
Há mais ternura no chão.
Há tanta vida lá fora.
E luz pra toda escuridão.

Essa gente toda me espera.
E eu completo de mim,
Estou de braços abertos.
De novo.
Vou dar um abraço no mundo.

Vou vagar.
 Vagabundo.
Andar por ai.
Conferir poesia as coisas normais.
Grandiosas em sua pequenice.

Meu coração é poço fundo, vou enchê-lo até o talo.
Estourar o gargalo da mesmice e do engano.
Virar tudo.
Furar bolo.
E ser.
Maior de todos.

Sou eu.
Surpreendo, mas não assusto.


Acostumei-me ao talvez do mundo.
Estou mais perto,
e a tudo me disponho.
E de tudo me despeço.
Despenco no sonho de ser o que quero.
E àquilo que sou empresto,
Um pouco do que há de vir.
E eu espero.



3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

profundo viu lamoso!

Anike Lamoso disse...

A saudade do que ainda não vivi