quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Comunicado

Venho, por meio deste, comunicar um absurdo, um impropério, um desacato.
Uma denúncia de maus tratos, uma má interpretação dos fatos, um abuso.
Um erro crasso, um fazer obtuso, a presença de um intruso nos advérbios.
Venho mostrar minha indignação, minha recusa, minha renúncia.
É uma falácia, mentira descabida, inverdade deslavada.
Não acreditem, não dêem crédito, não publiquem.
Não levem a júri.
Não acendam as fogueiras, nem carreguem as cruzes.
Não travem as algemas, não torturem.
Somos inocentes, ou provem o contrário.
Não temos preparo, não evoluímos.
É. Nós mentimos.
Não somos capazes.
Não há remédios eficazes.
Não tem cura.
Não há alma pura,
Ou verdade que revele.
Há muito pouco, tampouco.
Sádico e louco, o destino nos espera.
Quanta ira e desejo na boca dessa fera.
Demasiado cruel.
Insensível.
Um espelho sob a pele,
Reflete em meio aos escombros,
Os nossos pecados mundanos.
Os nossos desejos profanos.
Acredite.
Somos humanos,
Demasiadamente humanos.


2 comentários:

Anike Lamoso disse...

um tapa na cara!

Muitissimo bom!

Anônimo disse...

Gostei do seu Blog!