segunda-feira, 20 de junho de 2011

Um poema, duas mãos (em parceria com Dani do profundaidade.blogspot.com)




A magia do olho está no jeito de olhar.
- A vista é a do mar, aqui no Rio Vermelho...
- As tardes costumam usar um traje sensível, e vem uma saudade do nada. E deixo o mar me encher, como o mar em maré...
Até a beira de uma praia qualquer, se dá gosto de olhar, dá vontade de comer.
- E essas considerações, formo e abandono, em um trago lento de fumo que ergue-se e se dispersa longe.
Essa fumaça, pra quem vê além, são nuvens esparsas onde o amor se esconde...
- é talvez, no fundo. O amor é isso: soltar-se no ar, pela escada inexistente e a capacidade de se iludir.
- e espairecer.
Pois, nesse jogo de achar, melhor mesmo é se perder.
- Desde que qualquer coisa se possa sonhar, é a fuga abstrata do tempo.
É o vento que começa a soprar. E o fim de tarde vem lento, nessa cidade rodeada de mar, o que é? O que há?
- É qualquer coisa despertando em mim, aquela sensibilidade tênue... própria de quem sabe chegar e não teme.
 Eu mesma, que acabo de dizer: anseio alto pelo sol na fronte e pelo horizonte inteiro.

Um comentário:

Daniele disse...

Moço de palavras bonitas. A poesia nos une.