quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Soul de dia

A carne é crua. A vida é curta. E crua e curta é a noite que me esbarra sozinho.
Fui te saber tão clara, sob holofotes e velas nas sacadas das casas. Fui-te saber tão viva. E agora te vai amarga e finda para destino que ignoro.
Fui pra ser um de vós, ilustres notívagos. Queria também bailar com as estrelas, dançar teu tango no escuro. Espiar no breu os transeuntes e os ficantes. E ser chuva e drama levado pelo vento. Moça de esquina, de tempos em tempos. Moça e menina. 
Plaina e clara é pele refletida. São faróis ou flashs que me confundem as vistas?
O tempo é pouco, o dinheiro mingua. E minguo e pouco, é o que faço de mim. Fui-me saber tão diurno, que tardo, amargo e obtuso, sob qualquer crepúsculo.
Já é tarde meus amigos taciturnos, amantes da dama de negro. Despeço-me e conto-lhes meu segredo. Se o sol se põe, eu me ponho. A noite não é minha senhores, a noite é dos sonhos!

3 comentários:

Marco Antonio disse...

já q se faz noite, revelo...tenho uma queda grande por carnes. por corpos, digo. sobretudo vivos. e nesse gigantesco andaime, a noite nem termina. pq sou seguidor da vida após a morte. e tão notívago qdo diurno. fico tão encantado com as estrelas qto com o sol do meio dia ou do fim. mesmo q este fim eu desconheça. gosto de estar acordado tanto qto fugindo em sono. entre um e outro, minha preferência fica com as rimas, sempre no risco. abs.

KML disse...

Hehehe. Muito bom Marquinho.
Sempre uma honra.

Ellen Joyce disse...

Poxa, lindo msm!