quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Rio de qualquer coisa



Qualquer coisa mínima que acontece.
Qualquer palavra que o vento leva, numa esquina do Leblon, sob os ladrilhos de Copa, é um boom em Ipanema.
Rio de qualquer coisa:
Um samba-esquema, um baiano novo, a mulata-morena-praieira, estátua de areia.
Suingue: é o que tudo representa.

Pra mim, que pouco sei do mundo para além do que imagino.
Que não sei medir força ou encantamento.
Tu és puro veneno.
Tu és mais do que eu posso gravar no cristalino.

O “Maraca” num dia de clássico.
Doces Bárbaros invadindo a cidade.
Sovaco esquerdo do cristo:
eram fogos ou tiros de artificio?

Rio.
Para nós, nunca é tarde.
Para nós, tudo é carinho.

A pedra gigante que guarda o sol e eu sou todo início.
O verde que afronta o concreto dos prédios.
E o “s” com som de “x” que deixa tudo exxxxxplícito.

Rio de qualquer coisa.
Rio.
Haja explicar pra tanto te entender.

Um comentário:

Marco Antonio disse...

"Rio, tempo de estio, eu quero tuas meninas
Eu quero tuas meninas
Quero comer, quero mamar,
Quero preguiça, quero querer
Quero sonhar, felicidade"

* foi o q me veio à cabeça. estou voltando aos poucos. como o verão.