Qualquer coisa
mínima que acontece.
Qualquer palavra
que o vento leva, numa esquina do Leblon, sob os ladrilhos de Copa, é um boom
em Ipanema.
Rio de qualquer
coisa:
Um samba-esquema,
um baiano novo, a mulata-morena-praieira, estátua de areia.
Suingue: é o que
tudo representa.
Pra mim, que pouco
sei do mundo para além do que imagino.
Que não sei medir
força ou encantamento.
Tu és puro veneno.
Tu és mais do que
eu posso gravar no cristalino.
O “Maraca” num dia
de clássico.
Doces Bárbaros
invadindo a cidade.
Sovaco esquerdo do
cristo:
eram fogos ou tiros
de artificio?
Rio.
Para nós, nunca é
tarde.
Para nós, tudo é
carinho.
A pedra gigante que
guarda o sol e eu sou todo início.
O verde que afronta
o concreto dos prédios.
E o “s” com som de
“x” que deixa tudo exxxxxplícito.
Rio de qualquer
coisa.
Rio.
Haja explicar pra
tanto te entender.
Um comentário:
"Rio, tempo de estio, eu quero tuas meninas
Eu quero tuas meninas
Quero comer, quero mamar,
Quero preguiça, quero querer
Quero sonhar, felicidade"
* foi o q me veio à cabeça. estou voltando aos poucos. como o verão.
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