quinta-feira, 19 de maio de 2011

És cara velha

Sem saber que a pressa era,
Por destino e por si só,
aquela que não espera,
Calçou os sapatos, cansada.
O couro desbotava o tempo,
O cadarço carecia de um nó.
Agora que estava só,
Queria, teimosa, ser aquela,
mas alguma coisa no vento,
Algo na brisa revela,
Depois que tudo passou,
Era ela.
Mas daquela, o que sobrou?

2 comentários:

Lais Machado Rocha disse...

Como pode o poeta escrever, generalizar particularidades do mundo...
Sendo que há tanta gente que sente, abraça e odeia, mas passa a vida sem conseguir descrever?
É como acontece com música... Dependendo da identificação, não é preciso nem mesmo saber cantar, para – na maior cara de pau – reivindicar os direitos autorais do refrão.
Te acuso! Você não é poeta. É tradutor.
Por favor... Não pare de escrever e se possível escreva sempre. Você me entende... é preciso saber o que se sente. E infelizmente, a linguagem que não falo, é sentimento.

Parabéns e obrigada.

KML disse...

Oi Lais. É bacana saber que o que a gente escreve faz sentido pra alguém. Quem agradece sou eu, por você usar seu tempo para ler o blog.
Volte sempre, pois escrevo sempre que posso.
Inté